terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

20ème

Parece um tanto estranho postar com delay de alguns dias, mas as coisas acontecem e sempre acabam atropelando o que encontram pela frente. O que houve no dia 5? As fotos me socorrem, então vejamos...
Uma breve caminhada pelo 20éme. O mais estranho ainda é que, meu estado de espírito neste momento...está bem parecido com o do dia 5...diário de bordo do Capitão James T. Kirk, data estelar blá blá blá.
Os galhos secos do pequeno jardim do condomínio já dão o tom daquele dia, que se conecta com este através de estranhos sentimentos que emergem após uma interferência, ou seria uma tsunami, vinda do Brasil. Mas do que estou falando? Quero ficar aqui, quero caminhar pelas superfícies brancas de Chamonix até meus pés não responderem aos comandos das células nervosas que ainda restam, mas vamos adiante.



Caminhamos até aquela avenida que encerra Paris em seu próprio ego. Parece com uma cidade como qualquer, tem até twin towers, ainda de pé.



Atravessando os "muros" da cidade, caminhando como ETs entre seus aborrecidos habitantes, distraídos com o dia-a-dia, sinais de arte e modernidade. Aquela arquitetura bem conhecida lá do outro lado do Atlântico, nem muto moderna, nem assim tão artística.




Aí está ele, o mal falado hipermercado em seu berço esplêndido, guarnecido por 60 boutiques. Vamos entrar então, afinal os víveres estão acabando e, surpresa, o hipermercado não parecia tão sórdido assim, rendendo uma caixa com 10 croissants quase de graça e uma malinha de mão por 7 euros e mais uns trocados. Até a moça do caixa ficou surpresa. Não sei se com nossa cara de paisagem ou pelo preço das mercadorias que pareciam absurdos.


Algém prestou atenção na loja de hambúrgueres do palhaço mal disfarçada com um marronzinho quero-ser-chic. será que engana algém? O pior é que deve funcionar, porque afinal de contas ela está ali, pronta para profanar a boa comida da França e engordar as pessoas consideradasem melhor forma física de todo o mundo, seguidos pelo Japão, segundo fontes infidedignas ( ! ).
Com nossas compras, que resumiam-se em uma malinha de 7 euros, 10 croissants, ainda um pote de geléia de frutas vermelhas (para que os pãezinhos de hipermercado adquiram um certo sabor) e mas boas 10 quadras, já estávamos "intramuros", na esquina do flat, estação Buzenval, linha 9, que também nada parecia com os seus possíveis destinos...arrondissements boêmios, esnobes, intelectuais. Suntuosa riqueza que nunca deixou de arrefecer os ânimos dos mais exaltados, que já derrubaram a monarquia, libertaram prisioneiros políticos e ainda, como todo bom francês, adotivo ou não, protestam o que tiver que protestar. Os egípcios pareciam mais franceses que os próprios franceses atuais...acabaram de derrubar um ditador. Mas será que uma junta militar (sempre os militares) vão cumprir a promessa de dar tão eperada liberdade ao povo?
Casa, croissants com geléia e cama, sem atualizar o blog, apenas assistir os Simpsons dublados em Francês (por que tudo por aqui tem que ser dublado?)...quem sou eu para tentar entender alguma coisa. Foi melhor dormir então para ver o que o próximo dia reserva a estes dois viajantes, que as vezes acabam viajando.

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