quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Enfim Paris

Meu companmheiro já cansado com toda a função de aeroporto queria pegar um táxi até o nosso flat. Bom, convenci o pobre a, de mala e cuia, encarar a viagem de trem, afinal de contas, é mais divertido e muito mais barato. Pegamos um trenzinho futurista - sem condutor! - que iria nos levar até a estação de trem (RER). Beleza, não precisava de pagamento. Minutos (2 no máximo) depois estávamos na estação final, Orly Sud, ou seja, lado errado. Alguém do meu lado já começa a mudar ligeiramente o humor. Bobagem, basta voltar ao transporte que agora não tem erro, é o fim da linha mesmo! O trenzinho "fantasma" corre silencioso sobre o aeroporto, entra em túnel, sai de túnel, passa por outro e uma voz indicava, em francês é claro, algo que, pela lógica, anunciava o final da viagem. Agora estamos na estação do RER mas tem algo errado: Onde está a bilheteria? Meu parceiro me olha como quem diz: viu só onde você nos meteu? Eu, achando tudo divertido fiz que era tudo muito normal e, na frente de uma máquina bilheteira, creio que em nossas testas surgiu um ponto de interrogação vermelho, chamando atenção de uma ágil funcionária com um walk talk, que rapidamente nos tirou da situação.



Uns 20 euros depois, de posse de nossos bilhetes, mala e cuia, seguimos por tortuosos corredores e ,umas duas escadas rolantes depois, estávamos na estação suburbana. Aquele ar de censura de meu companheiro aumentou um pouco mais. Ele somente estava preocupado com nossas malas e nossas cuias, enfrentando um público estressadinho em um lugar meio escuro, meio limpo, meio sujo, bastante pichado. Após um breve acerto, decidimos pegar o trem na estação Antony, direção Charles De Gaulle. Umas 12 estações depois, trocamos de trem, em direção a, vejam só, a mal afamada Eurodisney. Na estação Nation, finalmente estávamos no METROpolitan, que nos levou até Avron, nosso objetivo. A essas alturas o companheiro já não parecia tão companheiro assim, depois de umas 24 horas viajando...ainda mais depois que descobrimos que as bancas de jornais estavam todas fechadas. Era domingo. Calma, calma. Paramos para pensar e fumar um cigarro, perguntamos, em inglês, para um  árabe que atendia em uma tabacaria, onde poderíamos encontrar um mapa. Óbvio, na estação do metrô tinha um, enorme, estampado em uma parede. Lá fomos nós para a estação novamente, onde os caipiras se encontraram no tempo e no espaço, localizando o nosso destino: Rue des Haies, 20 arrondissement. Noite escura, uns zero graus Celsius com uma brisa fresquinha, descobrimos que chegamos cedo demais no flat, que, é claro, ninguém estava a nossa espera. Uma simpática senhora árabe, vendo dois doidos congelando em frente ao prédio, nos franqueou a entrada no condomínio, ligou de seu próprio telefone para nosso landlord que para nossa surpresa era landlady. A chave estava, vejam só, embaixo do tapete!
Lar doce e quente lar!! 



He he he, o sofá parece ter saído de um filme de Almodóvar!!
Lanche, banho quente e cama!

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