segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Musée Rodin - Invalides

Passeio dois-em-um. Vejam só, aqui inauguramos um programa duplo. Tudo porque o Hôtel des Invalides estava no meio do nosso caminho, que levava ao Museu de Rodin. Ao emergir da estação do metrô La Tour Maubourg - linha 8 - a primeira coisa que me chamou atenção foi a Praça Salvador Allende, o que me remeteu imediatamente à infância, quando minha BFF (Best Friend Forever) ainda criança, chegou ao Brasil com metade de sua família, refugiada do regime do ditador-e-assassino Pinochet.



Logo a seguir, surge o Hôtel des Invalides, imponente prédio construído entre 1671 e 1676, por ordem de Luís XIV, para abrigar os soldados feridos no final do século XVII.


No acesso ao Hôtel, uma olhada à direita e, vejam só, Ela.




Pátio interno, curiosos canhões, cada um com nome mais curioso do que o outro.




Como um canhão pode ser chamado de Le Gentil?



Guardando o próprio túmulo, Napoleão I e seu estranho cacuete. Seria Transtorno Obsessivo Compulsivo?



Atrás do altar católico com as bandeiras da França, os restos mortais do Imperador repousam sob a cúpula dourada da Cathedrale Saint-Louis des Invalides, ou simplesmente Église de Dome. Vossa Majestade que nos perdoe, mas já demoramos demais por aqui. Para evitar de pagar para ver um túmulo, saímos pelo lado da igreja...



...e lá estava Ela - Le Tour Eiffel - novamente.



A frente da igreja-catedral-fundos-do-Hotel-dos-Inválidos.



Uma conferida na sinalização e no mapa...



...e encontramos uma fila! Final de inverno, domingo. Quem está na chuva...



É, a fila anda, até que nem tão lentamente neste caso. Eis que, próximo da entrada do Museu de Rodin, um poste com centenas, senão milhares, de adesivos de entrada franca. Os professores e alunos franceses, idosos e outras categorias entram e circulam livremente, cada um com sua cor respectiva e grudados no braço ou no peito.



Enfim, é chegada nossa hora. Entramos no saguão do museu, onde os ingressos foram adquiridos. Dentre os 3 ou 4 tipos de bilhetes disponíveis, escolhemos a exposição permanente, com direito aos jardins "grátis". Entrada somente para o jardim: 1 euro (já vale a pena).




Para recepcionar os visitantes, duas imensas esculturas em fibra de vidro contrastam com o Hôtel Biron, construído em 1728, cujo primeiro proprietário - Duque de Lauzun -  foi guilhotinado durante a Revolução, depois o edifício serviu de sede para a Embaixada da Rússia. Em 1820 deu lugar para o pensionato do Sagrado Coração de Jesus para "moças de boa família". Finalmente, em 1905, o Estado adquire a propriedade, incluindo os 2 hectares de jardins e serviu como residência para Rodin, Matisse, Jean Cocteau,  Isadora Duncan, dentre outros.




Rodin doou ao Estado a totalidade de sua obra porque queria vê-la reunida em um museu instalado no Hôtel Biron, o que ocorreu em 1919, dois anos após sua morte.

O Portal do Inferno, de Rodin.


São tantos os detalhes que, a meu ver, é melhor tirar uma foto e ficar saboreando em casa, aos poucos...



...caso contrário as costas e os olhos podem doer de tanto usar uma das lunetas instaladas para esse propósito.


Logo ao lado do Portal, uma vitrine com inacreditável número de esculturas, de Rodin, em mármore. Também dá para ficar horas admirando-as, mas se cair nestas "tentações", teria que mudar de vez para Paris, aliás, creio que terei de carregar para sempre esta "maldição", pois o que senti da primeira vez que toquei o solo de Paris e sinto, cada vez mais forte, é a vontade de ficar aqui para sempre.


Deixando de lado os sonhos impossíveis, a viagem continua, desta vez com esculturas em bronze de Pierre de Vissant.


Nu sans tête ni Mains.




Já embriagado de tanta beleza e genialidade, vejo arte até no banco abandonado em um canto do jardim!



Sequência de bronzes de Rodin em uma pracinha de forma circular.







 Os toilettes, em prédio anexo. Seria o prédio usado por Isadora Duncan como escola de dança? Não encontrei indicações a respeito.



E no final da caminhada pelos jardins, uma das mais célebre obras de Rodin: O Pensador.





No interior do museu.


le Baiser, obra "escandalosa" para a época. O famoso O Beijo, de Rodin.


Vista dos jardins, parcialmente cobertos para preservação durante o inverno, a partir do Hôtel Biron.





Masque de Camille Claudel, com quem Auguste Rodin manteve longo "affair".


L'illusion, Soeur d'Icare - Rodin.

Clotho - Camille Claudel.

Detalhe de La Tempête, de Rodin.


Buste d'Auguste Rodin por Camille Claudel.


Le Cri - Rodin.


Le père Tanguy - Vincent Van Gogh.


L'Apotheose de Victor Hugo - Rodin.


Main sortant de la Tombe - Rodin.


Femme nue - Auguste Renoir.


Vue du Viaduc,Arles - Vincent Van Gogh.


 Tête de Saint Jean-Baptiste sur on plat - Rodin.





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