sábado, 19 de fevereiro de 2011

Parisien d'un Jour

Ainda no Brasil, durante intermináveis pesquisas pré-viagem, encontrei um site que oferecia passeios com guias voluntários: http://www.parisiendunjour.fr/. Gratuito sim, mas se você quiser fazer uma doação de 10, 20 ou 30 euros, fique à vontade. Não tive duvidas, fiz a inscrição e aceitei a primeira oferta: um Paris Walk pelas ruas do Quartier Latin e imediações. Encontro marcado: 17 horas em frente à Eglise Saint-Germain-Des-Prés.



Por conta de obras na estação do metrô Strassbourg-Saint-Denis, onde faríamos conexão com a linha 4, tivemos que traçar um rápido "plano B" para contornar a situação e chegamos com uns 5 minutos de atraso. Nossa Guia nos aguardava e a surpresa: a parisiense falava também - e bem - português! Nosso passeio começou e ora em inglês ora em português, passamos a literalmente desfilar pela fascinante história da metrópole guiados com maestria pela simpática voluntária. A palavra Paris se deriva do nome latino para a cidade, Lutetia Parisiorum (Lutécia dos Parisii).



Saint-Germain-des-Prés designa um bairro do arrondissement de Paris que se desenvolve à volta da igreja com o mesmo nome, na margem esquerda do Sena.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saint-Germain-des-Pr%C3%A9s_(Paris)




Após a Segunda Guerra Mundial o bairro de Saint-Germain-des-Prés tornou-se um lugar de excelência da vida intelectual e cultural parisiense. Frequentaram os seus cafés e bares nomes como Boris Vian, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Juliette Gréco, Miles Davis, Jean-Luc Godard, François Truffaut, Jacques Prévert, Alberto Giacometti e tantos outros filósofos, escritores, atores e músicos.




Emoção no passeio, quando nossa guia revelou que o Café preferido de Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Oscar Wilde era o Les Deux Margots!




A brasserie deve o seu nome a um refugiado da Alsácia, M. Lippmann e até hoje reúne políticos e intelectuais.



Em uma dessas janelinhas, viveu o pintor Michel Delacroix.





Interior de um café, guarda pequeno segmento do muro do Rei Filipe Augustus, cuja demolição, do lado esquerdo do Rio Sena, teve início em 1590 por Henrique IV.






Palácio de Luxemburgo, o Senado da França. 15 Rue de Vaugirard, Paris, um dos palcos dos protestos (outubro/2010) contra a mudança de idade da aposentadoria dos franceses.



Um dos prédios da Universidade Sorbonne, onde o Presidente Lula recebeu o título de Doutor Honoris Causa.




Cafés movimentados em frente à Sorbonne.



As bem preservadas ruínas das termas romanas.




Os Gárgulas da Igreja de São Severino, o Solitário. São Severino nasceu em 410, provavelmente era romano. Apesar de sua origem nobre, viveu durante muitos anos como eremita no deserto do Egito, mas abandonou a solidão para dedicar-se à evangelização de pessoas sem nenhuma fé ( ! ).




No século 6, quando Clodald, o futuro Saint Cloud, escapou ao massacre de seus tios Childeberto e Clotário, em 524 DC, construiu um monastério e se tornou um discípulo do eremita Severin, destruído pelos normandos. A Capela, belo exemplo de arquitetura gótica, foi construída em seu lugar no século 11 e tornou-se a igreja de uma grande paróquia.




No final de nosso passeio, ao fundo, a Catedral de Notre Dame. Como não lembrar de Notre-Dame de Paris, também conhecido como O Corcunda de Notre-Dame, livro de autoria do escritor Francês Victor Hugo publicado em 1831?







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